Resenha - A hora da estrela

junho 01, 2018

  Olá meus queridos leitores! Como anda a vida? 

                                         
  
Macabéa, uma nordestina de dezenove anos, orfã de pai, mãe e da tia que a criou, vai para São Paulo ser datilógrafa. Ela mora em uma pensão e tem uma vida sem muitas emoções, pois é indiferente a elas. Conhece Olímpico de Jesus e os dois começam a namorar. Porém, a relação não se sustenta e Olímpico acaba trocando Macabéa por Glória, colega de trabalho da ex-namorada, que, por recomendação de sua cartomante, rouba o namorado de Macabéa.





 "Nem se dava conta de que vivia numa sociedade técnica onde ela era um parafuso dispensável."

   "A hora da estrela" é um livro de Clarice Lispector, que estreou na literatura ainda jovem com o romance "Perto do Coração Selvagem" e foi muito bem acolhida pela crítica; ela conta a história através de um narrador-personagem, Rodrigo S. M.. Ele, por sua vez, escreve sobre a vida de uma pobre nordestina chamada Macabéa que, após perder a tia, seu único elo com o mundo, vai para o Rio de Janeiro e lá se apaixona por Olímpico de Jesus, que logo a trai com uma colega. Depois disso, Macabéa vai ao encontro de uma cartomante, que lhe prevê um futuro bem diferente do que lhe aguarda.
   Lançado em 1977, conta com 87 páginas e foi o último livro escrito por Clarice Lispector; trata-se de um dos vários romances psicológicos escritos por ela. Sendo que, nesta obra, a autora retrata, através de Rodrigo, os preconceitos que a sociedade ainda tem em relação às mulheres e aos nordestinos.
   Nesta narrativa, o leitor pode se sentir perdido em alguns momentos, pois Clarice para de escrever sobre Macabéa para dar a sua opinião ou para fazer uma observação. Macabéa é apresentada como uma mulher que não tem noção de sua própria existência.
   Esta obra é recomendada para pessoas que buscam compreender um pouco mais do ser e do mundo em que vivemos. Os adolescentes poderão ter um pouco de receio em lê-la, por se tratar de um clássico e não ser dividido em capítulos, o que dificulta, de certo modo, a leitura, mas por se identificar com a nossa realidade, é um livro que vale a pena.


   Um beijo,
             Rebeca

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2 comentários.

  1. Nossa querida datilógrafa Macabeá que ama Coca Cola e quer casar com Hans. Adorei esse livro, o li quando estava na faculdade de Letras. Aliás, Clarisse Lispector é uma das minhas preferidas. Parabéns pela resenha!!!

    Gustavo Barbera

    http://www.leituraenigmatica.com

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  2. Oi Gustavo, que bom que gostou! Na verdade, escrevi essa resenha ano passado para a aula de Oficina de Leitura, mas continuo concordando com o que escrevi a respeito desse livro. Beijão!

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